Friday 23 March 2012

A mousse de maracujá


Talvez pela forma como eu tenha sido criado e também devido aos valores passados pelos meus pais, leia-se minha mãe, os quais influenciaram a formação da minha personalidade, eu hoje tenho a tendência de simplesmente “aceitar” as coisas como elas são, adaptando-me a elas da melhor forma possível, ao mesmo tempo em que eu vou gerenciando os conflitos que surgem. Discussões filosóficas profundas me cansam, de alguma forma lembra-me minhas aulas de filosofia durante meus tempos de universidade; experiências não muito agradáveis, pois as aulas aconteciam aos sábados pela manha, e meu professor era um inútil que não entendia nada de filosofia, muito menos de vida, pior, ele parecia que tinha uma batata quente na boca, e metade da classe não conseguia entender uma palavra do que ele dizia. Enfim, como um psicólogo, anos se passaram e Filosofia e Sociologia são cadeiras importantes, e esforcei-me para entender o impacto das grandes teorias no ser humano, e por sorte tive outros excelentes professores ao longo do curso.

Não sou, e provavelmente jamais serei o tipo de pessoa que precisa entender o significado da vida, e sou feliz assim. Eu não sou uma pessoa que fala muito. Já fui, mas hoje grande parte do meu processo de percepção do ambiente a minha volta, acontece em um nível privado, e claro, na maior parte das vezes eu passo a impressão de que eu não me importo. Isso não quer dizer que eu simplesmente aceito tudo sem argumentar, ou mesmo tentar ver o outro lado da moeda e as possíveis alternativas, que a meu ver, sempre existem. Sou o tipo de pessoa que precisa de tempo para pensar, como um bom taurino, analisar os fatos, e por isso durante uma discussão, eu acabe por ouvir mais do que falar. Graças a este meu comportamento, já fui chamado de passivo agressivo, introvertido, pessoa difícil, enfim, um monte de adjetivos. Sei que isso é visto como uma “deficiência” minha por algumas pessoas, e também sei que eu sou responsável pela forma como os outros me enxergam, e confesso que até já tentei ser mais questionador durante certas discussões, mas simplesmente, não sou eu. O que é interessante, pois no meu trabalho eu sou conhecido por ser uma pessoa extremamente questionadora, até porque eu não posso deixar dúvidas a respeito de uma funcionalidade em um sistema ou uma aplicação, enfim, talvez eu precise de mais terapia para conseguir transpor esse comportamento para o campo pessoal.

Sei e acredito piamente que as pessoas são diferentes, e quero deixar claro que não tenho nada contra pessoas que são questionadoras por natureza, curiosas e que se esforçam para exercitarem essa nuance em suas personalidades. Como eu disse, e sendo honesto, eu até as invejo, eu só não tenho a energia mental para investir. Em minha opinião, discussão, na maior parte das vezes chega a um ponto onde não sabemos mais o que estava sendo discutido em um primeiro momento, fatos e informações são trazidos para o meio da conversa e de repente o foco se perdeu, e a conversa e discussão continuam. Conformista? Talvez eu seja, mas o certo é que não existe receita de bolo para se viver ou se comportar, e olha que até receitas que são testadas vezes sem conta corre um risco imenso de não dar certo quando a preparamos pela primeira vez, portanto, eu sigo minha vida, criando a minha própria receita, e tá tudo bem, tá tudo ótimo!

Eu tenho tentado preparar uma mousse de maracujá ha mais de dois meses, receita de minha mãe, que fica sempre uma delícia, quando ela faz é claro. Vocês conhecem receita mais simples do que mousse de maracujá? Não existe não é mesmo? Talvez mingau de maisena! Pois é, o certo é que mesmo sendo uma das coisas mais simples do mundo, todas às vezes que eu tento, a coisa dá para o torto! Às vezes não endurece, outras vezes vira glacê, enfim... A merda da mousse insiste em não ficar do jeito que eu, e metade da humanidade esta a espera! Mas eu sempre acabo comendo do mesmo jeito, afinal de contas, o gosto é sempre muito bom, e leite condensado misturado com creme de leite não pode ir para o lixo jamais! 

Viver é uma eterna aula de culinária, e analogicamente, acredito que temos que continuar tentando, avaliando, medindo os ingredientes e testando os resultados para tentar identificar o que deu errado, e mesmo que você não coma tudo no final, sempre tem algo que pode ser aproveitado. O certo é que durante este processo vamos percebendo o que é melhor para nós e percebendo como nos movimentamos através dos meandros da vida, e vamos criando/adaptando a nossa própria receita. Aqui, abro um parêntese, pois não estou falando de receita de felicidade. Fala sério gente?! Assim, eu estou cansado dessa ladainha de receita de felicidade, essas que vem e vão em apresentações de Power point na internet, com musiquinha de fundo e palavras do Dalai Lama, que pregam que temos que fazer isso, que temos de fazer aquilo, bla, bla, bla... Ninguém merece! O pior e que as pessoas, incluindo eu, lê aquilo, e acha que é super fácil ser feliz, e por ser tão fácil, temos a obrigação de sermos felizes o tempo todo, vinte e quatro horas por dia, o ano todo! E muita responsabilidade nos ombros.

Outra coisa, hoje em dia parece que foi oficializado através de decreto que não podemos estar tristes. Se você está triste, ou passando por uma depressão, elaborando um luto, ou seja, lá o que for você tem que ser forte. Não pode chorar, não pode deixar as pessoas te verem passando por isso e mostrar se fraco então... Nem pensar! Espera ai! Que merda é essa? Simplesmente porque as pessoas esperam que você seja forte? Foda-se com esse conceito, cada um vive a dor da separação, da morte, da perda de forma individual, e se você estiver a fim de chegar a casa, se enfiar no quarto, ouvir Maria Bethânia e beber uma garrafa de cachaça, beba! Uma hora as lágrimas vão secar, a cachaça vai acabar e o CD da Bethânia vai terminar! Portanto qual é o problema? Só não se esqueça de não pressionar o repeat, sim porque Bethânia por mais de 60 minutos... Ninguém merece!

Ninguém é feliz o tempo todo, isso é um fato, e felicidade assim como tristeza, é um momento, não uma constante, porque se assim fosse, seria uma doença, pende-se para um lado e você é depressivo, vira para o outro, e não passa de um maníaco. O importante é mantermos um estado de disponibilidade e alerta para os momentos felizes, e assim, estarmos mais atentos aos fatos que pode nos proporcionar momentos agradáveis, desde que você tenha uma boa ideia do que te faz feliz, evitando assim os momentos tristes.

Durante uma das minhas sessões com a minha terapeuta, ela me desafiou a descrever brevemente o que me fazia feliz, assim na lata! Eu todo senhor de mim, pensei comigo, isso é fácil, certo? Errado! Depois de pensar um pouco, engasgar uma ou duas vezes e ter que lidar com o sorriso de vitória na cara dela, eu dei a mão a palmatoria. A verdade é que não consegui enumerar de uma forma clara e simples o que me faz feliz hoje em dia. Tudo que eu descrevi são conceitos que foram “instigados” em minha mente pelo meio, e quando eu os coloquei em cheque, percebi que eles não possuíam o peso que achei que eles tinham.
Será que o conceito de felicidade está tão banalizado nos dias de hoje, que nem sequer podemos articular mais o que realmente nos alegra o coração? Será que fomos contaminados pelos filmes americanos e novelas globais? Será que associamos a felicidade com posse material?

Como bom analisando, fui para casa e comecei a fazer a tarefa de casa. Fiz listinha, física e mental do que poderia me trazer felicidade e depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que não sou capaz de responder a essa pergunta na altura. Foi preciso dedicar mais tempo pensando e analisando este tópico. Assim sendo, comecei a rever fotografias, e como Vanuza um dia cantou “Revirei minhas gavetas e parei de sofrer por coisas pequeninas, deixei de ser...”, bom deixa assim, vocês sabem o resto da letra! Confesso que senti certo alivio em confirmar ainda ser capaz de sentir-me feliz ao relembrar momentos onde estive com pessoas amadas e queridas viajando pelo mundo, e que o ódio ou desinteresse não tomou conta de minha alma. Então viajar e estar com pessoas que amo é o que me faz feliz? Não, mas são situações que me proporcionam momentos de felicidade com certeza.

Larguei as fotografias e comecei a rever as varias relações que tive ao longo da minha vida, percebi que em cada uma delas, tudo começou com esperança, vontade de acertar, paixão, amor, carinho e promessas de eternidade, que ainda hoje me traz boas recordações quando os “fundos” transformam-se em “figuras”.  Claro que houve momentos tristes, mas também muita coisa boa. Mas então porque elas terminaram, porque os momentos de felicidade não foram suficientes para mantê-las?

Amor e felicidade somente não mantém uma relação e tudo nessa vida tem um ciclo, inicio, meio e fim, e eu jamais poderíamos ter a presunção de sentar aqui e descrever todas as razões que levaram ao término das minhas relações, até porque eu não sei exatamente o que aconteceu ao certo. O que eu sei é que dentre as várias razões está o fato de eu ter depositado, em algumas ocasiões, uma grande responsabilidade nos ombros da outra pessoa. Já explico, eu achei que a outra pessoa tinha a obrigação de fazer-me feliz. Mais ainda, eu aceitei a responsabilidade de fazer a outra pessoa feliz a qualquer custo, mesmo que isso significasse passar por cima dos meus sentimentos e desejos, e assim fiz sem mesmo ter sido requisitado. De uma forma, quero acreditar que inconsciente, era como se eu estivesse postulando “Eu te amo! Você me ama, portanto você tem obrigação de fazer-me feliz e vice versa, portanto temos que fazer com que isso funcione a qualquer custo”. Isso é ridículo, pois ninguém é responsável pela nossa felicidade a não sermos nós mesmos, e para falar a verdade ninguém deveria aceitar esse desafio. Fazer-nos felizes já é um desafio imenso, imagine o que é carregar essa responsabilidade sobre os seus ombros também.  Eu não quero isso para mim, e não desejo o mesmo a ninguém, pois o resultado disso tudo, é muita angústia, ansiedade e decepção.

Por essa altura da vida, já é suposto sabermos por experiência que tudo na vida é tênue, acontecimentos mudam nossas trajetórias de forma inesperada, e como diz uma grande amiga: “Merdas acontecem!”. Pessoas que amamos deixam de sentir amor ou admiração por nós, assim como também deixamos de amar pessoas que nos amam, isso por si só é assunto para muitos textos. Amigos, amantes e parentes “sobem no telhado”; e não importa o quão cuidadoso e correto você é, você vai sofrer e causar dor e desapontamento aos outros ao longo do caminho.  Sinceramente acho que quando a sensação de abandono e infelicidade lhe afligir e você sentir que é quase insuportável continuar a viver, repensem seus conceitos em relação a sua própria postura na vida. O que aconteceu para você chegar ao ponto que chegou? Quais foram as suas contribuições? Existe algo que você possa aprender com isso tudo? Você é uma daquelas pessoas que coloca sua felicidade nas mãos de outra pessoa? Outra coisa, às vezes as pessoas desistem de nós, não porque elas não se importam conosco, mas porque nós não nos importamos conosco. Claro que às vezes elas fazem isso simplesmente por que são egoístas.

Ser fiel aos meus princípios, respeitar as pessoas que estão a minha volta pelo que elas são capazes de atingir e oferecer; ser integro comigo mesmo, respeitar os meus limites físicos e emocionais, olhar para mim com serenidade e compaixão em relação aos atos cometidos e escolhas feitas, esses e outros, são em minha opinião indicadores do que pode me trazer momentos felizes. Continuo fazendo o dever de casa, tentando descobrir o que realmente me faz feliz, provavelmente terei surpresas pelo caminho e serei obrigado a rever conceitos ao longo do caminho, mas de uma coisa tenho mais e mais certeza, eu preciso estar em sintonia comigo mesmo, e consequentemente estarei mais atento às oportunidades a minha volta que poderão me trazer momentos felizes, e acredite-me eles acontecem o tempo todo.
Bom, amanhã vou tentar preparar a mousse de maracujá de novo, quem sabe dessa vez eu acerto.

Uma boa tarde e sucesso com as suas receitas na vida

Laureano 

Tuesday 20 March 2012

Anjos


Para as poucas pessoas que costumam seguir o meu blog, não é surpresa nenhuma o fato de eu não ter postado nada há mais de um ano e meio. A razão pela qual isso aconteceu? Possuo algumas pistas, mas certeza, eu não tenho. O certo é que o tempo foi passando, a vida seguindo, e apesar de continuar escrevendo, eu já não compartilhava mais minhas ideias. O mais interessante, para não dizer outra coisa, e que a nossa trajetória e mesmo feita de ciclos, pois dezoito meses depois estou eu aqui, novamente, passando pelo mesmo turbilhão de emoções que me inspiraram a começar este blog. Uma vez tulipa, sempre tulipa!

Quero acreditar que as experiências vividas fizeram-me uma pessoa mais forte e consequentemente alteraram meus comportamentos para melhor, que o fato de perceber novos padrões de comportamento em mim, e também nas outras pessoas ao meu redor, identificar ações e reações às quais eu não conseguia, e claro, terapia… ah a velha amiga terapia; de alguma forma ajudou a direcionar  luz nos cantos escuros da minha mente. Tenho plena consciência que alguns comportamentos são e está tão arraigado em nós, que fica quase impossível saber quando e como acabamos por desviar dos propostos postulados novamente. Ainda assim gosto de acreditar que viver não é, e nem pode ser algo complicado, e que nós complicamos os fatos. Isso pode ser um clichê, mas existem alguns clichês que pude comprovar serem verdadeiros ao longo dos meus 42 anos de idade, por exemplo, onde há fumaça... Ha fogo!

Hoje olhando para o passado, distante e recente, vejo que parei de compartilhar muitas coisas, não só meus textos, mas minhas emoções, meus desejos, minhas ansiedades, meus momentos felizes e até mesmo as minhas tristezas, seja através dos meus textos ou através de conversas com amigos, por telefone, por e-mail ou mesmo pessoalmente. Eu fui isolando-me, escondendo-me, aceitando e resignando-me com as escolhas que fiz ao longo da vida. Em nome de sentimentos, amores e paixões, tomei atitudes que me custaram mais do que lágrimas e noites de insônia, atitudes essas que serei obrigado a lidar com as consequências pelo resto de meus dias. Usei o ritmo desvairado do meu trabalho para justificar minhas ações. Coloquei-me em situações onde tive minhas capacidades profissionais e emocionais colocadas em cheque e fui puxado e testado para além dos meus limites, lidei com a rejeição e com a preocupação que somente adultos, pelo menos a maioria deles, sentem.

É claro que tudo isso aconteceu com o meu aval, na maior parte das vezes inconsciente, o elemento consciente existiu, pois a cada dia eu permitia ser sugado mais e mais para dentro dessa roda vida chamado stress, e claro foi sem muita surpresa que acabei por negligenciar pessoas, fatos, acontecimentos e sentimentos, mas acima de tudo isso, eu negligenciei a mim mesmo e as minhas próprias necessidades.  

Já foi dito por várias pessoas e em várias ocasiões que o mais triste nesse mundo é que todo indivíduo possui as suas razões, até mesmo assassinos e estupradores. Eu acreditava que estava tomando as atitudes corretas, que era preciso trabalhar mais para ganhar mais dinheiro, para poder pagar e manter o estilo de vida conquistado, que tudo, um dia, em um futuro próximo seria justificado. Um sentimento meio católico, e olha que nem religioso eu sou! Onde todas as ações, boas e más, seriam perdoadas e justificadas em nome do companheirismo, da promessa de não chegar à fase tardia da minha vida, sozinho.

Não existem certezas nessa vida, mas a realidade é que me escondi por de traz de uma relação, onde eu acreditava estar recebendo o que eu precisava, ou pelo menos apontando para a direção correta, enquanto na verdade, nem eu mesmo sabia que, o que eu estava recebendo, ou mesmo oferecendo para a outra pessoa, não era o que eu queria, ou muito menos o que a outra pessoa precisava ou estava à espera, “Você deu-me remédio para dor de cabeça, mas eu estava com dor no pé”.

Com o passar do tempo eu percebi que o que eu recebia não era o que eu queria, mas na época, eu fui simplesmente acostumando-me com tudo e aceitar a vida como ela, era tornou-se algo corriqueiro. Eu sempre dizia para mim mesmo, “Isso é a vida”, ou pior “Não tenho isso, mas pelo menos, tenho aquilo, “É preciso passar por isso para se chegar a algo melhor”, enfim, atitudes que hoje, com clareza, sei que não foram as mais acertadas, pois elas me conduziram para um lugar onde a ignorância fez morada e eu não fui capaz de distinguir o que era desejos da minha ilusão ou realidade, ou ainda o que as outras pessoas realmente desejavam ou estavam à espera. Mesmo quando eu questionava, não era um questionamento com profundidade, era algo superficial, pois eu precisava continuar a “viver”, eu não via outra saída, não existia outro caminho, era lutar ou lutar! Além do mais, quem era eu para questionar isso? A cada dia, em meu caminho para o trabalho, em meio ao mar de gente que compartilhavam o trem para Londres, eu podia ver as mesmas expectativas e ansiedades que eu estava enfrentando, estampada nos rostos que me rodeavam, e de alguma forma aquilo me consolava, aquietava-me a alma, pois eu não era a única pessoa no mundo perdida no processo de “viver”, e assim em meio a esse conformismo coletivo, nos tornamos parceiros da luta cotidiana.

Não existe certo ou errado em relações humanas. Ninguém pode condenar uma pessoa por desejar algo na vida, e todos nós temos o direito de ir atrás daquilo que acreditamos ser o melhor para nós. Isso, posto dessa forma é muito bonito e correto, mas é claro que temos problemas em aceitar determinadas resoluções, pois nos causa dor, ressentimento e mágoas, principalmente quando você continua a acreditar que os fins justificam os meios. Enfim, também é verdade que de alguma forma devemos trabalhar estes sentimentos em nossas mentes. Não, não é fácil! Ninguém disse que seria, mas também não é impossível.
Uma vez disseram-me que amigos são anjos que são colocados na nossa vida para nos mostrar o caminho correto, quando nos sentimos perdidos. Eu considero-me muito afortunado por ter alguns “anjos” em minha vida; sim porque maridos, esposas, namorados e namoradas, infelizmente, vêm e vão! Amigos? Ficam! E acredite-me, você precisa deles para te dar outra perspectiva do que você esta realmente fazendo com a tua vida.

Lembro-me quando eu era criança, minha mãe sempre dizia que meu pai sempre deu mais valor aos amigos do que a própria família… Bom, acho que meu pai não e o melhor exemplo para ser usado aqui. De qualquer forma, meu ponto é não importa o quão acuado, ou repetitivo você esteja se sentindo, os seus amigos vão entender que você está simplesmente passando por um processo de limpeza da alma, que às vezes é preciso se repetir até chegar o momento da clarificação, aquele momento onde finalmente você te escuta e as peças do quebra cabeça se acertam e você consegue ver a figura se formando na sua frente, ou seja, a ficha caiu! Infelizmente é através da repetição que aprendemos e fixamos o conhecimento, alguns chamam esse processo de aprendizagem ou memorização. Lembra-se da tabuada? Portanto…

Use os seus amigos, mas não abuse, e não tenha medo de se expor, eles vão te dizer quando parar se for o caso, mas o certo é que provavelmente você vai perceber quando parar por conta própria.
Hoje eu olho para o futuro com confiança, mas com ansiedade, e para ser sincero, às vezes com medo. Tenho dias melhores, e dias piores, tento focar-me nas coisas boas e na esperança de que dias melhores virão e que os desafios serão superados, mas confesso que existem momentos em que sinto um frio na barriga e chego a achar que sou uma farsa, que não sou essa pessoa forte que meus amigos veem e admiram, mas de uma coisa eu tenho certeza, é preciso pelo menos tentar, se não por mim, pelo menos por todos os “anjos” que sempre acreditaram em mim e que me amam.

Como um dia disse Cazuza “Um sorriso não significa sempre que estamos felizes, mas sim o quão somos fortes.

Sorria sempre, respeite seus amigos sempre. Um abraço e um bom dia.