Tuesday 13 July 2010

No Natal A Gente Vem Te Buscar...

Mais uma copa do mundo se acabou, aliás parabéns aos espanhóis, no meio de uma sucessão de erros e falta de futebol de qualidade, eles levaram a taça para casa, ou seja, o melhor time venceu a batalha. Desculpe-me os holandeses, mas eles mais pareciam vikings em pleno campo de guerra, e futebol na minha opinião se joga com o pé na bola, não com o pé na cara do adversário. Acredito que a maioria dos brasileiros ao redor do mundo estavam torcendo pela Espanha, afinal de contas os holandeses foram os “responsáveis” pela derrota do Brasil e consequentemente pela saída prematura da seleção canarinho. Resultado: O Brasil vai ter que esperar mais quatro anos para tentar o hexacampeonato, enquanto a Holanda, bem... depois de perder três finais de Copa do Mundo vai ter que esperar o mesmo tempo para tentar novamente, enfim estamos todos a espera de algo... sempre!


Espera: s.f. Ação de esperar; tempo durante o qual se espera; demora, dilação.
Fig. Expectativa diante dos acontecimentos.

“Já que você não esta aqui, o que eu posso fazer é cuidar de mim”, ja cantou Renato Russo cantou há mais de duas decadas. Quando estamos à espera de algo, ou de alguém, sua vida não pode viver em compasso de espera durante o processo da dilacão. Sei, por experiência própria, que é preciso explorar novos conceitos, novas formas de viver, e também sei que não é algo fácil de se fazer. Uma espera, como o próprio conceito diz é apenas uma expectativa de que algo aconteça, e como tal, sempre vai acomodar a probabilidade de acontecer, ou não. Se o que esperas acaba por se conrectizar, perfeito, felicidaes e fogos de artificios, mas e se o contrário acontecer? Bom, aí é onde “a porca torce rabo”, pois você com certeza vai se sentir para baixo, uma sensação de perda de energia e tempo, pois você investiu muito nesta espera, parou sua vida e no final das contas, nada do que estava á espera se concretizou. Também por experiência própria, digo que não é algo legal!

Outra forma de espera é quando fazemos ou dizemos algo à espera de receber o mesmo em troca. Veja bem, não estou aqui advogando o altruismo, apesar de achar um sentimento nobre e belo, eu tenho a certeza de que eu jamais atingirei este nivel, posso sim, fazer coisas pelos outros e me sentir feliz por isso, ajudar um amigo, um colega de trabalho, um familiar, meu parceiro ou ate mesmo um estranho, e com certeza isso vai me trazer um certo nivel de altruismo, mas dai a me considerar um Budha... vai muita estrada... tenho a certeza de que aindo volto por aqui mais umas três ou quatro vezess, no mínimo! Bom, o certo é que quando dizemos coisas para uma outra pessoa, e ficamos a espera de que esta pessoa nos devolva coisas similares é uma estupidez, afinal dificilmente as pessoas estão na mesma sintonia, e quando isso não acontece, a frustracao nos atinge em cheio, alem do mais ninguem tem bola de cristal não e verdade? O que não justifica o fato de elas não terem sensibilidade!

Jamais diga “Eu te Amo” para alguém, simplesmente porque você está à espera de escutar o mesmo de volta, você vai estar assinando seu atestado de incopetência emocional. Diga que ama algué porque você sente isso de verdade, e você quer que a outra pessoa saiba disso, sem segundas intenções. Se você tem mais de vinte anos, por amor de Deus, não faça elogios á alguem, a espera de ser elogiado da mesma forma. Indivíduos possuem rítmos diferentes e expressam sentimenstos de formas peculiares, para isso a Fenmenologia vem gastando anos de estudos para dar embasamento científico para estes comportamentos, e eles continuam em pleno desenvolvimento. É mais prudente usar a verbalização como tática, portanto da próxima vez, ao invés de ficar a espera, coloque-os seus sentimentos em palavras; diga o que você esta a espera, deixe claro quais são as suas necessidades e anseios, assim ficará mais fácil de estabelecer uma comunicacão justa para ambas as partes.

Tenho uma grande amiga que uma vez me disse: “Eu sei que é mentira! Mas neste momento eu estou precisando ser enganada! Portanto diga que me ama, que sou linda, enfim que sou especial”. No geral, as pessoas são receptivas o sufciente para entender as suas necessidades, ou pelo menos elas são quando elas realmente se importam contigo, quando elas realmente te amam. Além do mais, é tudo uma questão de prioridades não e mesmo? Agora, se depois que você colocou o seu coração na bandeja, depois de ter expressado seus sentimentos, você continua não recebendo o que precisa... continua sentindo-se ignorado... Bom, ou você procura uma pessoa mais parecida com você, e não me venha com essa palhaçada de que “os iguais se repelem”, isso é intriga da oposição. As pessoas se atraem e ponto. Não importa se elas são iguais ou opostas. Outra alternativa, é esquecer o indivíduo de vez e viver sozinho, lembre-se do ditado”Antes só do que mal acompanhado?”, ou “entuba de vez” e continua ao lado da pessoa, vivendo de engolir sapos e passando por cima dos seus valores. Caso você escolha a última alternativa, alguma coisa de positiva deve existir, não acredito em Masoquismo a 100%, ou seja, cá entre nós... você é meio Nelson Rodrigues não é?

Outra coisa, todo mundo tem problemas e prioridades, mas isso não quer dizer que você possa se dar ao luxo de achar que é o centro do universo, egocentrismo tem limite! Durante o processo de viver, nós desenpenhamos uma variedade de papéis sociais, e a sociedade espera de nós alguns padrões ao atuar cada um deles, por exemplo como namorado de alguém você tem a “obrigacao” de ser uma pessoa que compartilha, que ama, que cuida e se preocupa. Enquanto amigo, é epserado que você seja uma pessoa compreensiva e que possa oferecer conforto quando é preciso. Claro que existem várias variacões do papel de amigo, do amigo incondicional ao amigo de buteco, passando pelo colega de trabalho. Lembro-me que há um tempo atrás, eu estava me sentindo um pouco deprimido e acabei por dizer isso a um amigo, muito querido por sinal. Eu estava mesmo precisando abrir meu coração, falar do que estava indo na minha alma... afinal de contas estava com uma pessoa que era meu amigo, mas a resposta que obtive foi no mínimo... assustadora: “Pode parar, sai para la que isso pega!”. Fiquei em choque e imediatamente engoli qualquer palavra que estava prestes a sair da minha boca. Foi então que eu percebi que vivemos e exercitamos nossa solidão por muito mais tempo do que imaginamos e que, um grande número de pessoas não estão com disposição para lidar com problemas alheios, evitando assim serem arrastadas para um mundo probelamáico que não as pertencem. Bom, o certo é que fiquei de boca calada, e lidei com meus problemas como sempre faço: sozinho.

Tenho que admitr que em sendo um autêntico filho da “Irmandade do Silêncio”, expressar sentimentos é algo que não está propariamente nas nossas veias, já falei sobre isso por aqui em outros textos. Mas em minha defesa, tenho tentado mudar isso. Uma das minhas resolucões é a de não deixar nada entalado na minha garganta, de botar para fora o que me vai na alma. Não que eu vá sair por aí afora dizendo que vcoê não deveria usar aquele tipo de calca com aquele tipo de camisa, ou que seu estilo parou nos anos setenta, não! Estou falando de dizer como eu me sinto, de como eu gostaria que as coisas acontecessem e de como eu afeto e sou afetado pelo meio onde estou inserido. Tenho que confessar que é um longo e árduo exercício. Não sei porquê, mas lembrei-me de um velho ditado que minha avò costuma nos dizer: “Quem muito fala, me dá bom dia à cavalo.” Cumprimentando cavalo ou não, estou em processo de mudanças. Já mencionei aqui também, que eu sempre fui uma pessoa que se integrava super rápido em vários grupos, o que continua assim, Muitas vezes fui chamado de super querida, alto astral, uma pessoa que está sempre para cima e coisa e tal. Acontece com você também? Que bom para você!

Na boa em ser uma pessoa popular, mas lembre-se... você não pode ter probelmas! Ou no mínimo, você tem que estar disposto a não mencioná-los. Conheco várias pessoas que são super populares, conhecem um número infindável de pessoas, se enquadram em qualquer grupo em que chegam. Por outro lado, são pessoas super sozinhas e depressivas quando tem que lidar com elas mesmas a nível privado. Por experiência, sei que pessoas super populares são sempre requisitadas, pois elas são vistas como suporte e sinônimo de forca e otimismo, e o que as outras pessoas querem tê-las por perto para poder usufruir de um “ombro amigo”. São pessoas que recebem a “obrigação” de escutar as angústias, as ansiedades e os medos dos que vivem ao seu redor. É algo similar quando as pessoas descobrem que sou psicólogo, como se eu tivesse a porra da obrigação de entender todos os problemas do mundo, eu mau consigo gerenciar os meus! Agora, se você não se importa e tem a paciência para tal... vá em frente meu amigo.

Aprendi que com certas pessoas, você não pode abrir a boca para falar de como você está se sentindo, do que você precisa, dos seus medos e angústias... caso você o faça, o processso de exclusão começa. Você vai deixar de ser uma pessoa legal, forte, corajosa, “gente boa”, “pau para toda obra”, para então ser visto como como chato, uma pessoa que só reclama, negativa e pior de tudo... dependente! Existem pessoas que não conseguem manter uma relação de mão dupla, pois elas só conseguem viver em ruas de sentido único: Avenida do Egoísmo. Corra deste endereço, além do mais pessoas que só sabem falar delas, que nao sabem o que é troca, não são necessariamente as melhores pessoas para estarem ao seu lado, certo? Procure aquelas que sabem ouvir, que te escutam, e acima de tudo, que não te julgue, para isso você tem pai e mãe!

Ja escutei várias vezes afirmações do tipo: “O mundo não para porque você está fazendo terapia”, e tenho que dar minha mão à palmatória, é a mais pura verdade. Com certeza nada para, e você tem que fazer o trabalho contigo sozinho, ao mesmo tempo em que tenta por tentaiva e erro aplicar as descobertas no seu dia-a-dia, onde em geral relações são revistas e reformuladas, conceitos mudam, pessoas que você não podiam imaginar vivendo longe de você, são descartadas, pois não existe mais espaço para elas na sua vida, novas pessoas chegam... mas a verdade imutável deste processo é que as mudanças vão sempre começar a partir de você, para só depois serem eztrapoladas para as diferentes esferas da sua vida. Portanto, na minha opinião, não existe nada de mal em mandar tudo para a “Puta que pariu” por um determinado tempo e se focar em você! É para isso que você está se esforçaando, para ver como você chegou onde chegou e quais são as suas possibilidades. Mas, não deixe o calor do momento tomar conta de você, existem pessoas que são imortantes na sua vida que estão sendo afetadas pelos seus atos.

É verdade que no final das contas somos sozinhos neste mundo, que estamos sempre a espera de algo. Também é verdade que somente nós sabemos o que é ser como somos, não existe amigos, familiares ou parceiro que por mias que se esforcem, possam entender o que esta se passando contigo. Através das suas ações, você é responsável pela sua própria sanidade... ou seria felicidade? Lembre-se... antes ser uma pessoa sozinha com estabilidade emocional, do que ser um louco acompanhado. Até porque sendo um louco, você vai acabar sozinho de qualquer jeito meu amigo!

Então, não espere por aquela pessoa especial vir te buscar no Natal, estamos em Julho ainda... monte a árvore, comece a cantar ♫♪ Bate o sino, bate o sino, sino de Belém♫♫♪ e abra os presentes , que provavelmente você comprou para sí mesmo!

Tenham uma boa semana ou deveria dizer um Feliz Natal?

Laureano